quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Inexpressivo no futebol, Qatar focaliza área de importações

















O Qatar está bem distante de ser uma potência no futebol asiático. Pelo contrário, está entre os mais fracos do continente. Dentro das quatro linhas, dificilmente se clafissicaria para uma Copa. Apelou pela maneira mais fácil de ir ao Mundial, sem precisar entrar em campo, lançando sua candidatura e se aliando a um ultraprojeto dentro de um espaço minúsculo, do tamanho, mais ou menos, de Campinas, além da possível graninha extra cedida aos membros do Comitê Executivo da FIFA.

A Liga do Qatar conta com duas divsões, com 11 clubes na primeira e 7 na segunda. O campeonato é famoso pela importação de jogadores estrangeiros, atuaram por lá Abedi Pelé, Romário, Batistuta, Guardiola, Desailly, Caniggia, Leboeuf, os gêmeos De Boer.......... Para se ter uma ideia, dos últimos 16 campeonatos catarenses, 13 tiveram artilheiros que não eram atletas locais, o último melhor marcador foi Magno Alves, hoje no Ceará, com 20 gols, defendendo o Umm-Salal.

A seleção nacional, que terá 12 anos para emergir, tendo de passar do nível fraquíssimo para um minimamente razoável, a fim de ser capaz de, pelo menos, somar alguns pontinhos na Copa de 2022 e não ter de passar por derrotas vexamatórias, possivelmente deverá apelar para naturalizações, ou seja uma seleção recheada de jogadores estrangeiros bem mais competentes e entendedores em relação aos atletas qatarenses, vindo a tornar-se uma seleção artificial, como foi a Argélia na Copa da África, com uma delegação inteiramente cheia de franceses. Não teve sucesso.
Talvez se essa Copa no Qatar ocorresse há uns 30 anos atrás, a seleção asiática pudesse contar com seu melhor jogador em sua história, Mansour Muftah, artilheiro de 4 em 5 campeonatos qatarenses na década 1980, defendendo o Al-Rayyan, artilheiro que não se equiparava a nenhum craque da época, tanto que não jogou em nenhum clube de grife ou que chegasse perto disso.

Você sabe quem é o técnico do Qatar?
É o francês Bruno Metsu, de 56 anos. Histórico na história do futebol africano em Copas do Mundo. Dirigia Senegal em 2002, quando levou tal seleção às quartas-de-final do Mundial, a eliminação se deu contra a Turquia, depois de vitórias contra França e Suécia, e empates ante Dinamarca e Uruguai. Depois da Copa, Metsu seguiu sua carreira em direção ao continente asiático. Seria técnico do Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, do Al Gharafa, do Qatar, do Al Ittihad, da Árabia, da seleção dos Emirados Árabes, até chegar à seleção qatarense, em 2008, sendo mais uma importação do futebol desse mini-país.












Imprevisibilidade da FIFA é fruto da sujeira de seus bastidores









Poucos esperavam que Rússia e Qatar ganhassem as eleições para sediar respectivamente as Copas de 2018 e 2022.

O resultado divulgado agora há pouco em evento na Suíça revela que uma avaliação antecedendo o momento da escolha era de difícil prognóstico, como já aguardava este blogueiro, pois a FIFA está contaminada, sempre de olho no dinheiro, não na eficiência. Não há outra explicação para que Rússia e Qatar tenham se sobressaído das candidatas favoritas: Inglaterra, Espanha/Portugal, EUA e Austrália. Aliás, há o discursinho barato de Blatter de levar o futebol a novos lugares. Puro disfarce.

São dois países longes e sem muita tradição no futebol, apesar de este último quesito não ser tão decisivo. A vitória russa tem, digamos, uma aceitabilidade razoável.

Mas Qatar é demais, não acha?
O calor, o ambiente industrial e a pequeneza do país do Oriente Médio são problemas graves. Uma Copa do Mundo necessita de um lugar com mais aconchego, mais atraente, mais colorido e alegre. Os estádios, todos eles climatizados, principal proposta da candidatura qatarense, são uma saída para o espetáculo, mas e o resto dos turistas? Seria necessário condicionar o país inteiro, algo impossível. Tomara que pelo menos os estádios e a estrutura em geral, aeroportos, rede hoteleira, organização, sejam decentes. Mas, mais do que critcar as sedes...... bom, pode ser até que tenhamos mais prós do que contras, a revolta é com quem aparece por de trás do emblema da FIFA.

Os 22 integrantes do Comitê Executivo da FIFA, tais quais votaram, estavam e estão agora, mais ainda, sob supeita. Lembrando que dois dos 24 membros, o nigeriano Amos Adamu e o taitiano Reynald Temarii, foram afastados da eleição por denúncias remetentes à venda de votos, além do fato de que pelo menos 4 dos membros votantes desse Comitê se envolveram, recentemente, em polêmicas: Ricardo Teixeira, presidente da CBF, o paraguaio Nicolaz Leóz, presidente da CONMEBOL e o camaronês Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol, foram acusados há alguns dias de se aproveitarem de benefícios financeiros da falida ISL, por intermédio de uma empresa fatasma de Liechtenstein; o trinitário-tobagense, Jack Warner, presidente da CONCACAF, também tem, entre outras acusações, o episódio de um hipotético lucro ilegal quanto a revenda de ingressos de jogos da Copa de 2006, os quais Warner tinha encomendado.
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É, hoje a maior entidade do futebol é sustentada por gente que não conhece o verdadeiro espírito deste esporte.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Inglaterra e Espanha/Portugal parecem ser os favoritos na eleição da sede da Copa de 2018




















A um dia da eleição para a sede da Copa do Mundo de 2018, em Zurique, na Suíça -- disputam Rússia, Holanda/Bélgica, Portugal/Espanha e Inglaterra --, começa-se a surgir evidências e fatos que deixem certos candidatos a frente, como favoritos.

A ausência do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, este que teria encontrado uma competição denominada inescrupulosa na eleição, alegando também problemas com sua liga doméstica, como o racismo comumente, expõe e reforça ainda mais a ideia de que seu país é franco-atirador na briga.
A saber, no lugar de Putin, a fim de representar a Rússia no evento, irá o ex-ministro Igor Shuvalov.

A candidatura conjunta de Holanda/Bélgica parece que vai fracassar, especialmente por questões políticas e infra-estruturais. Economia para investimentos sugeridos há, mas parece haver dois concorrentes pelo menos dois passos a frente.

Inglaterra e Espanha/Portugal, estes sim são os favoritos na acirrada disputa.

O chefe da candidatura inglesa, Andy Anson, chegou a atacar a BBC por uma edição do programa "Panorama", que inclusive já foi ao ar, a qual tinha o objetivo de mostrar ao público os bastidores da FIFA. Anson acusou a emissora de antipatriótica e de ter divulgado tal reportagem em um momento, no mínimo, indevido. Pois a mídia inglesa tão criticada nso últimos dias foi quem justamente afastou dois de 24 membros do Comitê Executivo, os quais participaríam da votação.
Aonde se quer chegar é que a ideia de a imprensa inglesa estar atuando como uma rival para seu país nas vésperas da aguardada escolha, causa a sensação de que seria melhor para a Inglaterra nem estar concorrendo. Afinal, se realmente há o medo de membros ingleses quanto divulgações e investigações sobre o interior das tramas e cartolagens, há alguma coisa de errado, ilegal no meio dessa candidatura.
Apesar de tudo, a Inglaterra segue como favorita, com seu planejamento e força no Comitê Executivo, somada ao fato da eficiência quanto às Olimpíadas de Londres, daqui a dois anos, cujas obras terem ocorrido e ainda ocorrerem de forma satisfatória, com rasgo de eleogios, e a quase chance zero de elefantes brancos numa hipotética vitória.

Algo que aparenta não ocorrer caso a vitória seja da candidatura conjunta de Portugal/Espanha, mas, na hora do "vamos ver", pode pesar a favor o sucesso alcançado e a experiência de Portugal, quando sede da Euro-2004.
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Assim, a disputa segue com difícil prognóstico.

O triunfo do estilo do Barça não tira o Real do páreo
















David Villa teve razão quando disse que a super-vitória do Barcelona foi o triunfo de um estilo. Um estilo que contagia, somado a genialidade da equipe de Pep Guardiola.
A precisa inversão e visão de jogo, a aproximação, as jogadas em um mínimo espaço, os passes, a posse de bola, tudo contribuindo para um futebol vistoso, alegre e charmoso, como quase não vemos mais na atualidade.

Um futebol, ou melhor, um passatempo para apreciadores que fora capaz de deixar de lado a raiva e decepção de várias pessoas no que se refere ao que se passa no país atualmente, Ricardo Teixeira sendo denunciado, a suspeita do entreguismo no Brasileiro, o assunto mala branca, discussões sobre ética, opiniões na rua, muitas dessas que diferem dos reais fatos..... ou seja, assuntos pra lá de chatos.

Pois bem, Sandro Rossel, sucessor de Joan Laporta na presidência do Barça, cravou que o título espanhol ainda não é de seu clube. O Real pode dar a volta por cima e Mourinho é um exemplo de superação. Seu time ainda está em construção, só que usando um estilo diferente em relação ao Barça. Aquele estilo de jogo que quando vemos associamos automaticamente a Mourinho.
Um futebol com marcação por zona, por pressão, contra-ataques mortais, com maioria os puxando. Causando paralelamente irritação ao adversário, que não tem espaço para fazer seu jogo.
Foi assim que Mourinho deixou sua marca na Inter, no Chelsea e no Porto, em ordem decrescente. E é assim que o ambicioso português tentará dar ao Real Madrid um título, o qual não vem desde La Liga 2007/08.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Barcelona pode jogar o quanto quiser, quando quiser. Por isso é o melhor do planeta



















A torcida do Barcelona estava apreensiva antes do chocolate contra o Real Madrid. Apreensão que consistia nos seguidos atropelamentos do time da capital e a insegurança, os sustos, a rara dificuldade de matar um jogo que os catalães estavam encontrando, exemplos nas partidas da Champions League, especialmente nos dois duelos ante o Copenhagen, e no próprio Espanhol, em pelejas contra o Atlético de Madrid, Valencia e Villarreal, jogos de tamanho maior, como o que viria, contra a equipe de José Mourinho.

Mas a genialidade culé continuava.

E não parou até o apito final do jogaço no Camp Nou.

Demonstração que o Barça joga o quanto quiser, extremamente bem, um pouco abaixo do nível normal, e quando quiser, em partidas de menos importância, em decisões.

Já o Real foi nulo. Ninguém sabia, ninguém via Benzema, Di María perdia para Abidal, Puyol, Piqué..... Cristiano Ronaldo insistia em murrar ponta de faca e Özil sumidaço, tanto que saiu no intervalo. Sérgio Ramos só aumentou para mais ridícula ainda a derrota madridista, com uma tripla agressão, a primeira uma entrada criminosa por baixo em Messi, depois uma coronhada em Puyol, em seguida um tapinha discreto em Xavi. Sua expulsão expõe muito de sua intemperalidade. Ramos ficou com a situação preta fora de campo. Pois na Champions League, o lateral forçou sua expulsão na partida contra o Ajax para ficar limpo nas oitavas e o episódio do clássico. Vem gancho por aí.

O melhor time do mundo deu uma aula gratuita e saiu de campo sob nenhuma mais desconfiança.