

Não venho até aqui para criticar Giuliano, amuleto e destaque do Internacional na Libertadores, por ter aceitado a proposta de 10 milhões de euros para jogar no Dnipro Dnipropetrovsk, da Ucrânia. Ele tem que seguir seu rumo. É claro que, pelo menos na minha opinião, o avante tem chances de ir bem em clubes de ponta da Europa, mas isso não deixa seu destino um verdadeiro mar de horrores.
Até porque o Dnipro, sem exagero, é um clube de grife nos padrões ucranianos.
Para quem nunca ouviu falar, tal clube foi campeão recentemente da extinta Copa Intertoto da UEFA, vencendo na final da edição de 2006 o tradicional Olympique de Marseille. Além disso, colecionou algumas participações na UEFA Champions League nas décadas de 80 e 90, tendo êxito, ou melhor, chegando até a fase de quartas-de-final duas vezes: em 85 e 90. Também acumula conquistas e vice-campeonatos, nacionalmente falando.
Hoje, é presidido por Ihor Valeriyovich Kolomoyskiy, considerado pela Revista Forbes o sétimo homem mais rico do mundo e um dos acionistra do Privat Group, um conglomerado de empresas na Ucrânia, que vai do ramo alimentício até o setor de gás. Com seu dinheiro, contratações como a do técnico ex-Real Madrid, Juande Ramos, e a do atacante brasileiro Matheus, destaque do Sporting Braga na última temporada, além da de Giuliano, foram possíveis.
E é dessa maneira que o Dnipro tenta recuperar o posto de terceira força do país, perdido recentemente para o Metalist Kharkiv, time dos brasileiros Cleiton Xavier e Taison, ex-companheiro de Giuliano no Inter, e que servem de exemplo para o próprio Giuliano de como se destacar por lá: atuar bem com regularidade e não sair do trilho.
O problema do Dnipro é que, via campeonato ucraniano, apenas 3 times conquistam vaga direta às competições europeias, vagas que teoricamente pertencem ao Shakhtar, ao Dynamo e ao mesmo Metalist. A esperança é ficar em quarto e se classificar aos play-offs da Europa League. Posto que na temporada passada coube ao Karpaty Lyiv, time menos tradicional do que o Dnipro.
Porém, se o o time da cidade(de díficil pronúncia por sinal) de Dnipropetrovsk conseguir almejar a terceira colocação do torneio local, ou mesmo os dois primeiros postos, o que é improvável, Giuliano, na Europa League ou na Champions, terá a chance de ganhar visiblidade, tal visibilidade que muitos defendem que é impossível atuando no leste europeu, especialmente na Rússia e na Ucrânia, como é o caso.
Giuliano só precisa querer.
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