segunda-feira, 6 de setembro de 2010

As forças do Mundial de Basquete da Turquia







Sairei um instantinho do tema futebol para analisar e falar um pouco dos destaques, com o auxílio de números, pesquisas e o modesto conhecimento que possuo, das seleções fortes deste Mundial de Basquete Masculino de 2010, realizado na Turquia:

Brasil:
O trabalho de Rúben Magnano tem claro foco, além de uma boa colocação neste Mundial, nas próximas Olimpíadas, onde o Brasil encontra severas dificuldades. Potencial para tal meta a seleção vem adquirindo ao longo dos anos. Thiago Splitter, do San Antonio Spurs, por exemplo, é a joia que ainda que crescerá em vários aspectos. Marcelinho Huertas, líder em assistência, faz um excelente Mundial, a exemplo de Leandrinho e Guilherme Giovannoni. Quanto a Varejão, seria magnífico estar bem contra a Argentina, a pedra no sapato do Brasil em competições mundiais. Não digo que somos favoritos ao título. Mas é bom pensar alto e torcer para que joguemos como nunca.

Argentina:
A Argentina sonha alto, apesar de ainda ter a esperançosa seleção brasileira pela frente, nas oitavas, devido a três jogadores estupendos: Luis Scola, do Houston Hockets, cestinha do Mundial, Carlos Delfino, do Milwaukee Bucks, e Carlos Prigione, vice em assistências. Na história da competição, os argentinos levam a melhor. Ganharam em 1950, em Buenos Aires, em 1998, em Atenas e em 2002, em Indianapolis. A vitória isolada brasileira provém de 1967, em Montevidéu. Desta vez, o duelo parece ter equilíbrio, até pelo próprio fato de Brasil e Argentina serem rivais eternos.

Espanha:
Esta sim tem gigante favoritismo, por ser a atual campeã e por ter um tremendo plantel, mesmo com a ausência de Pau Gasol, do LA Lakers. Juan Carlos Navarro, Ricky Rubio, terceiro melhor em assistências, Jorge Garbajosa e Marc Gasol, como principais protagonistas, vem com a missão do bi.

Turquia:
Tem a torcida e o fato de jogar em casa como fatores fundamentais para a tentativa de um título inédito. Contam com o craque Hidayet Turkoglu, do Phoenix Suns, e o quarto melhor em rebotes, Ersan Ilyasova. Não tem como descartar os turcos em relação a conquista, mas tecnicamente há otras seleções mais bem servidas.

Sérvia:
A Sérvia tem capacidade para aguentar e suportar a furiosa Espanha nas quartas, mesmo após um terrível sofrimento contra a Croácia, contra quem a seleção brasileira decapitou na primeira fase. Apresenta o gigante de quase 2.20 m, Kosta Perovic, no rebote e dois bons chutadores: Aleksandar Rasic e Nenad Krstic, do Oklahoma City Thunders. Não vejo os sérvios brigando pelo título, mas são capazes de dar trabalho para qualquer uma das 7 outras seleções selecionadas.

Eslovênia:
A Eslovênia é a surpresa positiva deste Mundial. Na primeira fase só não ficou invicta por causa dos EUA, barrou, por exemplo, a segunda colocação do Brasil e nas oitavas atropelou a Austrália, enquanto o Brasil terá de dar duro para bater a Argentina. Crucial foi conseguir ter Goran Dragic, do Phoenix Suns, inteiro, pois sofria com algumas pequenas lesões. Dragic já é o cestinha da equipe, média de 12.5 por partida, passando os ótimos Bostjan Nachbar, média de 11.7, e Jaka Lakovic, média de 11.3. É fundamental prestar atenção nessa surpreendente seleção eslovena.

EUA:
Sempre entram, seja qual for o campeonato, com o rótulo de maiorais e quase invencíveis. Desta vez, não contam com seus principais astros da NBA, Kobe Bryant, Dwight Howard, Garnett, estes que recusaram participar do Mundial. Mesmo assim, a boa safra de talentos norte-americanos faz com que haja a possibildade clara de título. Kevin Durant, do Oklahoma City Thunder, cestinha dos EUA, só atrás de Scola, do chinês Jianlian Yi e do gigante iraniano Hamed Haddadi na competição, vem passeando, junto a Chauncey Billups, do Denver Nuggets. Nas quartas pegarão a Rússia, que só não coloco nesta minha lista de 8 forças, pois deverá parar na seleção norte-americana, porque também apresenta muitas falhas e erra em muitas determinadas partes de uma partida, prova disso foi a partida de hoje, pelas oitavas, contra a fraca Nova Zelândia.

Lituânia:
A Lituânia veio ao Mundial como convidada da FIBA, porém, adquiriu o primeiro lugar do Grupo D, com 100% de aproveitamento -- bateram a Espanha -- e agora terão a China pelo caminho. Passará, na teoria, tranquilamente, mas terá complicado confronto nas quartas, pois pegará Brasil ou Argentina. Vi os números da partida da Lituânia contra Espanha e é bom ficar de olho no trio Jonas Maciulis, Linas Kleiz, do Toronto Raptors, e Matynas Gecevicius. É bom relevar também que os lituanos são sextos no ranking da FIBA. Para mim, apresentam condições de lutar, sim, pelo título.

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