sábado, 29 de janeiro de 2011

Sob dúvidas, Dortmund volta a brilhar mesmo sem Kagawa










Falava-se e ainda se fala muito em uma possível queda de rendimento do Borussia Dortmund nesse segundo turno da Bundesliga, especialmente depois da notícia nada boa da última semana, quando o fundamental meia-atacante japonês Shinji Kagawa fraturou o metatarso, na região do pé, em uma partida da Copa da Ásia, que teve como campeão a própria seleção do Japão.
Kagawa, para quem não sabe, é considerado uma joia para a equipe alemã e cotado para ser eleito a revelação da Bundesliga da temporada. É fruto da proposta do Dortmund de espalhar olheiros pelo mundo a fim de renovar seu elenco.
Elenco esse que demonstrou ser suficiente o bastante para manter a equipe na ponta do certame até o fim, depois da vitória larga(3 x 0) sobre o Wolfsburg, dentro da Toca dos Lobos.

Jogadores excepcionais como Lucas Barrios, Mario Gotze, Yuri Sahim e Grozkreeutz vão construindo uma vantagem considerável sobre os adversários, entre eles o Bayern de Munique, que costuma crescer na reta final, para assegurarem a Salva de Prata da temporada, mesmo sem o estupendo Kagawa.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ronaldo menosprezou o Tolima. Tomou o troco na mesma moeda










No ano passado, ao término da última rodada do Brasileirão, Ronaldo, tomado pelo nervosismo compreensível após o melancólico empate diante do Goiás, no Serra Dourada, rebateu a uma questão de um dos vários repórteres que o cercavam garantindo que a Pré-Libertadores não seria problema para o Corinthians. Lembro-me muito bem disto.
Claro, Ronaldo não sabia do adversário que viria muito menos da dificuldade que este iria oferecer.
Pois o Deportes Tolima demonstrou ser um problemão ao Corinthians depois de lutar pelo empate sem gols no Pacaembu. Será o pesadelo de Tite e dos atletas corintianos desta noite até a de terça para quarta, podendo se estender para bem mais, dependendo do que ocorrer no dramático jogo de volta na Colômbia.

Mesmo sem tomar conhecimento da equivocada declaração de Ronaldo no ano passado, o presidente do Tolima, Gabriel Camargo, devolveu na mesma moeda o menosprezo: Ele fez muita história, mas o futebol não é história. O futebol é presente".

Assim como o Corinthians corre riscos de ficar fora da fase de grupos da Libertadores e Ronaldo de quebrar a cara, Camargo também tem chances de tomar um tiro pela culatra.

Volta do Santa Cruz às capas de jornais marca recomeço












O desaparecimento do Santa Cruz no cenário nacional é algo inegável, além de triste, pelo menos para os amantes do futebol. O sumiço se deveu às múltiplas dívidas e atrasos de salário ocorridos especialmente no período entre 2007 e 2009, como minhas fontes apontam.
Agora, porém, o esboço de um renascimento é visível. No Pernambucano, 5 vitórias em 5 jogos, alto aproveitamento que tende a se aumentar caso o Santa vença hoje á noite o Petrolina, no Estádio do Arruda. Se os 3 pontos vierem, como manda a tendência, o time igualará seu início de campanha de 1981, quando ocorreram 6 triunfos nos primeiros 6 compromissos.

Em meio a esse início de sucesso, a lembrança do último grande time do Santa Cruz, formado a partir de 2003, e, mesmo com escassas mudanças, preparado para faturar o título estadual de 2005 e o acesso à elite nacional no mesmo ano, permite-nos o associar com a proposta do atual técnico Zé Teodoro, ex-Fortaleza, que consiste na ideia de mesclar juventude com experiência em busca do sucesso. Aquele time base do começo do trabalho de Péricles Chamusca, em 2003, tinha um pouco dessa mistura: Nílson; Ricardo, Mauro, Bebeto e Cléber; Chicão, Andrade, Élivs e Otacílio; Jaílson e Roberto Santos.

Daí concluir que o Santa Cruz será o campeão pernambucano, encerrando o sonho do Sport de ser hexa, não é o melhor remédio. A lógica nos permite encontrar Náutico e o próprio Sport famintos na fase final. Porém, excitar-se dizendo que o Santa tem tudo a começar sua caminhada fora das divisões inferiores nacionais não é nada demais.
Pois o Santa Cruz é time grande!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Conheça o F91 Dudelange, dono da maior média de gols na Europa













Acho muito interessante pesquisar no meio da temporada os times de melhores ataques dentro de seus respectivos campeonatos nacionais europeus. Eis que o site da UEFA, sempre prestativo, deu-me a resposta que parecia óbvia: o Barcelona, com seus 64 gols. Porém, ao seu lado aparece o galês The New Saints, dominador de seu torneio local. Surpresa, de certa forma.
Surpresa mesmo foi quando vi o ranking dos times de maiores médias de gols por jogo. Pois o primeiríssimo da listagem é o F91 Dudelange, líder isolado da Campeonato de Luxemburgo 2010/11, encaminhando-se a sua nona conquista, com 55 gols em 15 jogos, média de 3,66 tentos. Só na segunda colocação aparece o Barça, novamente empatado com o The New Saints, com média de 3,20 gols por jogo: 64/20.

Tais listas ou rankings servem para aumentar nossos conhecimentos, conhecendo de forma bacana times desconhecidos. Abaixo uma curta prévia do que é o F91:
O F91 Dudelange é um time novo, criado depois da unificação de 3 times à beira da falência. Conseguiu ganhar prestígio logo depois de sua fusão, interrompendo a hegemonia do Jeunsse Esch em Luxemburgo. Há 6 temporadas, participou da fase de play-offs da Copa da UEFA, mas não teve sucesso. Nesta temporada é líder com 42 pontos, 16 a frente do vice Kaerjeng 97. Nas primeiras 11 rodadas foram 11 vitórias, a maioria de goleada. Depois disso uma leve queda de produção, até o massacre por 15 a 0 sobre o Witz. Também tem o artilheiro do campeonato, o luxemburguês David da Mota, com 15 gols, sondado por alguns clubes, assim como a prata da casa: Ben Payal, de 22 anos.
Sem falar, é claro, do simpatícissimo escudo do clube.

Confira o ranking dos 8 times de maiores médias de gols na Europa:
1-F91 Dudelange-LUX: 55 gols/15 jogos. Média: 3,66
2-Barcelona-ESP: 64 gols/20 jogos. Média: 3,20
2-The New Saints-GAL: 64 gols/20 jogos. Média: 3,20
4- Bangor City-GAL: 63 gols/22 jogos. Média: 2,86
5-PSV Eindhoven-HOL: 55 gols/20 jogos. Média: 2,80
6- Partizan-SER: 41 gols/15 jogos. Média: 2,73
7- Copenhagen-DIN: 50 gols/19 jogos. Média: 2,63
8- Viktoria Pizen-CZE: 43 gols/17 jogos. Média: 2,53

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Flamengo: craque se faz em casa. E a tolice de Luxemburgo














Craque se faz em casa. É o lema do Flamengo em sua gigantesca e vitoriosa história, no que se refere às revelações de Zico, Júnior Baiano, Júnior, Adriano, e por aí vai.

Pena que hoje em dia as categorias de base não levam tanta atenção como antes. Empresários, agentes e outros tantos cartolas só se interessam pela recompensa financeira que uma ou outra revelação que surge propiciará. São poucos aqueles que pensam diferente, ao segurarem as promessas visando sucesso dentro de campo e, ao mesmo tempo, dando-se ao luxo de economizar com contratações duvidosas.
Contudo, na contramão, vários atletas do rubro-negro campeão merecido da Copinha, depois da final de hoje diante do Bahia, terão, no momento certo, vaga no time de cima. Digo isso sem dúvidas, pois não foi para qualquer um o que jogaram o meia-atacante Rafinha, o volante Muralha, o goleiro César e os avantes Negueba, já sendo aproveitado no profissional, Tomáz e Adryan.

Prova de que o Flamengo não liberará a nenhum custo tais atletas foi a presença de Patrícia Amorim e Vanderlei Luxemburgo no Pacaembu para a partida de hoje. O treinador ex-Atlético-MG já garantiu que quer a integração de Muralha, César e Rafinha ao time profissional. Entretanto, o absurdo vem por último: Luxa afirmou que Muralha terá de ser chamado de Luís Felipe, seu real nome, e Rafinha terá de mudar seu penteado estilo moicano para um mais normal. Restrições tolas, não? Desde que joguem bola, o importante não é a aparência tampouco o nome, no caso apelido.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Tradicionalíssimo, Feyenoord convive com crise inacabável











Talvez o maior time da hitória do Feyenoord seja aquele campeão da Liga dos Campeões 1970/71, comandado por Ernst Happel: Pieters Graafland; Romeijn(Haak), Laseroms, Israël e Van Duivenbode; Hasil e Jansen; Van Hanegem e Wery; Kindvall e Moulijn. Esse bom time, não espetacular, eliminou o Milan nas oitavas e bateu o Celtic, na primeira final da Liga envolvendo times do norte europeu, como principais feitos em sua campanha vitoriosa.

Hoje, a situação é totalmente diferente. A temporada começou ao Feyenoord com a aposentadoria do ídolo Roy Makaay e do lateral Giovani Van Bronckhorst. Prosseguiu com, na última segunda-feira, o diretor-técnico Leo Beenhakker recusando renovar seu contrato, e os resultados ruins vindo excesivamente. Como referências, aquele lendário PSV 10 x 0 Feyenoord, em outubro, e mais duas amargas derrotas sofridas nas duas última partidas: 2 x 0 para o Ajax e 1 x 0 diante do De Grafshaap.
Tais placares, somado com o jovem elenco que o treinador Mario Been -- auxiliar-técnico de Bert van Marwijk no Feyenoord campeão da Copa da UEFA 2001/02, que tinha Michel Bastos, van Persie, Tomasson e Leonardo --, tem a sua disposição fizeram com que, no último final de semana, dois atletas do elenco, o lateral direito Stefan de Vrij e o meio-campista Georginio Wijnaldum, chorassem após o gol marcado por Leon Broekhof, do De Grafshaap, tendo de serem amplamente consolados pelos companheiros e até pelos colegas adversários.

É o reflexo do mau momento do Feyenoord. Mostrando que ter tradição nem sempre é a escaptória de uma crise, tal que vai se aumentando à medida que a equipe se aproxima da zona do rebaixamento.
Uma pena!

Pedra no sapato de Leonardo, Udinese tem estupenda recuperação











Leonardo conheceu hoje de manhã sua primeira derrota como treinador da Inter. Depois de começar com 5 vitórias em 5 jogos, a Udinese não quis saber e encerrou a felicidade do treinador, impondo 3 x 1 nos atuais campeões europeus.
Curiosamente, Leonardo não tem vida fácil quando encara a Udinese.

Em sua última passagem pelo Milan como jogador, de 2002 a 2003, viu o time tomar 3 x 2, na temporada 01/02, em pleno San Siro. Uma temporada depois, a última de sua carreira, vitória suada no mesmo San Siro, por 1 x 0, antes da derrota pelo mesmo placar no estádio Friuli. Mesmo local de suas amargas derrotas, tanto comandando o Milan quanto a Inter. Na última temporada, 1 x 0 para a Udinese, gol de Di Natale, mesmo jogador que deixou o seu nos 3 x 1 de hoje.

Acabar com a série invicta de Leonardo só sugere mais confiança aos atletas da equipe de Udine para que consigam almejar mais positivos resultados, tais escassos no começo da campanha dos Bianconeri. Pois foram 4 derrotas em seus 5 primeiros jogos no Calcio. Presença carimbada na zona de rebaixamento nas 7 primeiras rodadas. Até que veio a incrível recuperação. 10 vitórias nos últimos 16 jogos.
Proeza muito em função dos decisivos gols de Antonio Di Natale, artilheiro do Calcio com 15 tentos. Também méritos ao meia-atacante chileno Alexis Sánchez, arrebentando o lado esquerdo dos adversários, além de, acredite se quiser, Pablo Armero, esse mesmo que você está pensando, ex-Palmeiras, recebendo na Itália muito mais elogios do que críticas.

O time que viveu em função de Zico em meados dos anos 80, e que ganhou fãs por causa do Galinho, tem chances de figurar em uma competição europeia na próxima temporada, algo que não acontece desde 2005/06. Se houver a manutenção desse regular ritmo por parte da Udinese, assino embaixo concordando com essa hipotética possiblidade.

Finalíssima da Copinha terá Bahia x Flamengo



Flamengo x Bahia
Superação é a palavra que achamos em comum para as duas equipes, protagonistas da final na manhã desta terça-feira, dia do aniversário da cidade de São Paulo. Enquanto o Flamengo foi vitimando gente grande, o Bahia, aos trancos e barrancos, fase a fase, foi pulando os obstáculos que tinha a frente de forma sufocante. A última final sem paulistas ocorreu em 1996, quando o América-MG, eliminado pelo Bahia na última fase, venceu o Cruzeiro, eliminado pelo Flamengo na primeira fase do mata-mata. Pelo menos uma vez queimando a língua de vários palpiteiros, os dois times, de grande torcida em São Paulo, o que torna o espetáculo ainda melhor, chegam fortes e confiantes. Apostro no segundo título rubro-negro, mas a inédita conquista baiana pode tranquilamente ocorrer.