quinta-feira, 7 de julho de 2011

Carpegiani sai do São Paulo como o técnico que não empata









De longe, Paulo César Carpegiani não foi o técnico que mais agradou o torcedor são-paulino. Foi seu São Paulo quem quebrou a sina de freguês para o Corinthians e quem bateu o recorde de cinco vitórias nos primeiro cinco jogos do Brasileiro. Mas foi também em suas mãos que o Tricolor amargou ficar de fora da Libertadores depois de 8 anos, de ser eliminado na Copa do Brasil para o Avaí naquelas circunstâncias, quando parecia que iria ser demitido, e de ver o Corinthians lhe impôr majestosos 5 a 0.
Não aguentou três derrotas seguidas, apesar dos desfalques que a Copa América e o Mundial sub-20 lhe renderam.

Além de tudo, Carpegiani sai do São Paulo com uma sina que talvez nenhum outro técnico efetivo que passou pelo clube tenha alcançado: a dos poucos empates. Em 47 jogos, conquistou apenas 4 empates: com Vasco, Atlético-GO, Palmeiras e Oeste. Em outras palavras, nos últimos 47 jogos, o São Paulo empatou somente em 4 oportunidades, 1 no Morumbi.
O São Paulo de PC Carpegiani foi 8 ou 80, ou perdia ou empatava, ou se defendia ou se lançava.

De qualquer modo, o São Paulo vai ter de ir a um mercado sem muitas opções, o que indica que a demissão talvez não tenha sido bom negócio, além de um pouco injusta, como julgam alguns. Talvez esperar uma possível queda de Dorival Júnior no Atlético-MG ou aguardar mais um pouco para repatriar algum nome de peso fazendo carreira no exterior. Ou então, fazer coelho sair da cartola com alguma aposta.
Que acha de tudo isso?

Grêmio e Atlético-MG provam novamente do veneno do mau começo



Se o Atlético-PR, com 1 pontinho, tem a pior pontuação nas primeiras 8 rodadas do Brasileirão da era de pontos corridos, outros dois times também já campeões brasileiros começam o torneio de mal a pior, um deles com pontuação apenas superior ao ano que foi rabaixado. Trata-se de Grêmio e Atlético-MG.

A exemplo do ano passado, Galo e Tricolor começam mal o Brasileirão. Em 2010, tanto um quanto outro fizeram 9 pontos a esta altura do campeonato e ocupavam, respectivamente, a décima-terceira e décima-quinta colocações. Este ano, ambos têm míseros 8 pontos: 2 vitórias, 2 empates e 4 derrotas e beiram a zona da degola. O Atlético sofreu 11 gols nas últimas 3 partidas, em todas sendo goleado, e não vence desde a segunda rodada, o que já provoca olhares tortos a Dorival júnior. O Grêmio não chega a ter tanta fraqueza assim, mas o retrospecto ruim já teve como consequência a cabeça de Renato Gaúcho, rapidamente substituído por Julinho Camargo, ex-auxiliar de Paulo Roberto Falcão, no Internacional.

Se o gremista, que viu seu time fazer 10 pontos nos primeiros 8 compromissos, em 2004, ano em que foi rebaixado como lanterna, assusta-se ao vê-lo fazer sua pior campanha levando em conta tal quantidade de partidas. Enquanto isso, o atleticano percebe que estes 8 pontos só superam os 5 conquistados no ano do descenso, em 2005.

Lamentar a 30 rodadas do final do Brasileiro não é absurdo. Na verdade é ser realista, pois relembrando o ano passado, conclui-se que se o Grêmio conquistasse alguns pontos a mais no começo, poderia ter se aliado àquela fantástica reação na reta final para conseguir o título e não apenas vaga na Libertadores. Enquanto o Atlético poderia não ter passado pelos apuros que passou, referente a rebaixamaneto, se não tivesse ido mal nos primeiros oito jogos.
No Campeonato Brasileiro, você paga caro por esse tipo de pecado.

Argentina pagou outro mico? Parou na elogiável Colômbia



A explicação mais viável para 8 gols em 7 jogos na Copa América, média pífia para um torneio que atrai a muitos, é a falta de imaginação dos ataques, que causam aos defensores adversários maior facilidade para se sobressaírem.

E foi justamente essa criatividade que faltou declaradamente a anfitriã Argentina na abertura da segunda rodada da Copa América, ontem em Santa Fé. Mais uma vez Sergio Batista atirou no próprio pé, tardando a pôr em campo Sergio Aguero e não tendo vias para consertar sua defesa, mais uma vez vulnerável, com Gabriel Milito desmpenhando mal seu papel. Esforço ocorreu, mas a Argentina precisa de mais entrosamento e eficiência para dar o trabalho que todos imaginam que ainda dará. Por enquanto, ainda não venceu, decepcionou em seus dois jogos, especialmente no primeiro, e não deve ser líder, o que pode gerar grandes confrontos precoces.

Por outro lado, é mais do que justo elogiarmos a Colômbia. Se vencer a Bolívia na última rodada da primeira fase, conseguirá ser a líder do grupo, podendo ter vida mais fácil nas quartas. Realmente gostei da seleção colombiana, que começou com Falcao García isolado na frente, mas que logo teve a aproximação do bom meia Guarín e dos laterais Zuñiga e Armero. Atrás, deu conta do recado mais uma vez, pois, por 180 minutos jogados, a defesa colombiana é intransponível. Não digo que repetirá sua campanha de 10 anos atrás, quando foi campeã, mas que pode fazer um barulho inesperado, isso pode.
Indo mais além, a exemplo de Uruguai, Paraguai e Chile à Copa do Mundo de 2010, a Colômbia deve fazer um trabalho a longo prazo com o técnico Hernán Darío Gomez, que levou o Equador à Copa de 2002, para, na ausência do Brasil nas Eliminatórias, almejar uma vaguinha à Copa de 2014.
Tão cedo já devemos projetar.
Pois é tão cedo que a Colômbia vai mostrando eficácia, ao contrário da Argentina

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Champions League: notas para os 22 felizardos da Europa











A UEFA Champions League começou na semana passada e teve sua continuidade nesta, com as classificações do F91 Dudelange, de Luxemburgo, e o Valletta, de Malta, à terceira fase das preliminares da competição. No mês que vem, ocorrerá o sorteio das chaves, mas até agora apenas 22 times, dentre 32, já garantiram presença na fase de grupos. Com isso, para já ir iniciando a cobertura da competição, darei notas de 0 a 10 a essas 22 equipes a fim de detectar o quão longe podem chegar, de acordo com o critério por mim proposto na legenda abaixo:

0 a 2: time candidato a ser o sanco de pancada do torneio.
2 a 4: time para se livrar da lanterna do grupo e incomodar.
4 a 6: time para chegar às oitavas.
6 a 7: time para chegar às quartas.
7 a 8: time para chegar às semis.
8 a 10: time para chegar à tão sonhada final e eventualmente ser campeão.

Barcelona: 9,5
Real Madrid: 9,5
Valencia: 6,0
Manchester United: 8,0
Chelsea: 8,5
Manchester City: 7,0
Milan: 7,0
Internazionale: 6,5
Napoli: 5,0
Borussia Dortmund: 5,5
Bayer Leverkusen: 4,5
Lille: 4,5
Olympique de Marseille: 6,0
Ajax: 6,5
Porto: 7,0
CSKA Moscow: 6,5
Zenit: 5,0
Fenerbahce: 4,5
Olympiakos: 4,0
Shakhtar Donestk: 6,5
Basel: 2,5
Otelul Galati: 1,5

Discorda do potencial de alguma equipe?