Escrito por mr.LOL father:
Inicio aqui uma nova seção neste conceituado
blog do meu garoto, reportando os jogos mais interessantes da seleção brasileira que eu pude assistir, ao vivo ou pela TV. Começo com uma emocionante goleada por 4 a 1 sobre a Itália, numa final... não, não estou falando da final da Copa de 1970 - eu era muito pequeno nessa época e pouco me recordo. Estou falando da final da Copa Bicentenário dos EUA, disputada em 31/05/1976 (comemorando os 200 anos da Independência americana). Para esse torneio foram convidados o Brasil, a Inglaterra e a Itália, para disputar contra o quase amador time americano.
O "Mestre" no bancoO nosso técnico, na época, era o mestre Osvaldo Brandão, que já havia sido campeão em praticamente todos os clubes que tinha dirigido e era apoiado pela imprensa paulista, principalmente. Mesmo assim, a base do time era do futebol carioca, que vivia grande fase, com grandes clássicos e estádios sempre lotados. No gol, Emerson Leão (do Palmeiras), considerado um dos melhores do mundo na época. Na defesa, Getúlio (do Atlético, antes de se consagrar jogando pelo SP, na virada da década), Miguel (do Fluminense, timaço da época), Amaral (do Guarani, que era um dos destaques do futebol campineiro, que realmente brilhava nos anos 70) e Marinho Chagas. No meio, craques do naipe de Rivellino (também do Flu, após uma injusta década sem título pelo Corinthians), Zico (ainda sob desconfiança dos torcedores de outros times que não o Flamengo) e Falcão (ainda jovem, mas já campeão brasileiro pelo Inter). Na frente, Gil "Búfalo" (no auge da forma, chegando a ser o artilheiro do torneio, com 4 gols) e Roberto "Dinamite" (hoje presidente do Vasco).
A Itália também não ficava atrás, com jogadores que se consagrariam nos anos e Copas seguintes, como o goleiraço Dino Zoff, o saudoso líbero Scirea e os atacantes Causio, Fabio Capello (hoje técnico da Inglaterra) e Roberto Bettega.
O JogoA Itália saiu na frente com gol de Capello, mas Gil empatou ainda no primeiro tempo, concluindo com oportunismo uma jogada do ponta Lula. No segundo tempo, o show: outro gol de Gil numa arrancada a la Jairzinho após lançamento de
Riva (aliás, Gil substituiu Jairzinho na ponta direita do Botafogo, quando o "Furacão" se mandou pro Cruzeiro, onde foi campeão da Libertadores 76), um golaço de Zico (era difícil o Galinho não fazer golaço naquela época) e um típico míssil de Dinamite, pra selar o placar:
Brasil campeão!