sábado, 26 de junho de 2010

COPA: Gana no seleto grupo dos africanos com vaga nas quartas














Se Gana é melhor ou pior que Camarões de Roger Milla e Senegal de El Hadji Diouf não dá para afirmar. Mas o ganenses chegaram, de algum modo, no mesmo nível destas duas seleções, as únicas africanas que habitaram as quartas-de-final da Copa. Gana leva vantagem pelo território de onde joga. E pela marcação forte que impõe sobre os adversários. Característica que Camarões de 1990 e Senegal de 2002 tinham, mas não com tanta abundância. Ambos apresentavam elegância, alegria e arte. Gana não. Ayew, do elenco todo, pode ser considerado o que mais se aproxima disto. O resto, Gyan matador, Boateng sério, Kingson bravo, Muntari, forte marcador, fazem parte do elenco que, sem muita frescura, deu certo. Basta tomar uma pitada de cuidado com entradas duras e faltas fortes, senão o espetáculo se esvai.
Mesmo assim, para quem realmente gosta de futebol e sabe o verdadeiro espírito de Copa, Gana x Uruguai será um duelo imperdível.
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Resultados das oitavas do dia:
Uruguai 2 x 1 Coreia do Sul
Gana 2 x 1 EUA

COPA: Iniesta faz gol 100 do Mundial e mostra sua importância











A Espanha, em especial, dependeu de um jogador para vencer o Chile: Andres Iniesta. Autor do gol 100 desta Copa, o meia do Barcelona puxava contra-ataques em momentos delicados, nos quais os chilenos mostravam ser superiores. Em um destes, quando o placar já estava 1 x 0, a bola passou por Villa e Iniesta, do meio-de-campo até a grande área, e ali a bola estufou as redes. Villa também é importante, quando Torres não está bem ele chama a responsabilidade. A Espanha pega Portugal nas oitavas e empurra o Chile a enfrentar a seleção brasileira.

COPA: Brasil tem retrospecto recente avassalador contra o Chile









Um lembrete do confronto Brasil x Chile, segunda, em Johanesburgo, é o retrospecto vitorioso do Brasil, principalemnte da era Dunga. De 2006 para cá, são 5 jogos, 2 amistosos, 3 oficiais e um mar de goleadas. Em dezembro de 2006, um 4 x 0 magistral com 2 gols de Ronaldinho, um de falta, outro de pênalti. Em junho de 2007, na Copa América, Robinho aplicou seu triplete nos 3 x 0 da primeira fase, além de mais dois nos 6 x 1 das quartas-de-final. Nas Eliminatórias mais dois chocolates. Um em Santiago: 3 x 0. Outro em Salvador: 4 x 2. O mata-mata pode acabar com esse tabu, que já é de 10 anos. Sim, desde 2000, na era Luxemburgo, o Brasil não sai derrotado. Na ocasião perdeu por 3 x 0, em Santiago. Depois disso, foram 9 partidas, com 8 vitórias e 1 empate.

Artilheiros do confronto na era Dunga:
Robinho: 6 gols
Nilmar: 3 gols
Ronaldinho: 2 gols
Juan: 2 gols
Júlio Baptista: 2 gols
Luís Fabiano: 2 gols
Josué: 1 gol
Vágner Love: 1 gol
Kaká: 1 gol

sexta-feira, 25 de junho de 2010

COPA: Suíça é limitadíssima. Honduras só ajudou a comprovar














A Suíça, nestes dias, ficou na mídia, por nesta Copa ter batido o recorde da Itália no quesito mais tempo sem sofrer gols. Foram 559 minutos de invencibilidade na junção de 4 partidas e mais uma prorrogação em 2006, e 2 partidas praticamente inteiras neste Mundial. Sua defesa pode ser uma pérola, mas o time em geral é muito fraco. Contra Honduras, que, aliás, merecia ter saído com a vitória, a equipe precisava vencer, o que eventualmente lhe colocaria nas oitavas, mas a dificuldade era visível. Tentava, não conseguia e se expunha aos hondurenhos, que em contra-ataques rápidos quase, mas quase balançaram as redes do goleiro Benaglio, bom goleiro do Wolfsburg. No final, ambas morreram abraçadas no Free State, em Bloemfontein.
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Resultados do dia:
Brasil 0 x 0 Portugal
Costa do Marfim 3 x 0 Coreia do Norte
Espanha 2 x 1 Chile
Honduras 0 x 0 Suíça

quinta-feira, 24 de junho de 2010

COPA: A pior campanha de Camarões, em 6 Mundiais














A seleção de Camarões nunca teve uma participação tão medíocre em Copas do Mundo como esta, em terras africanas. Em 1982, 3 pontos no grupo A, empate com Peru, Polônia e Itália. Em 1990, sua melhor campanha, a melhor entre os africanos nas Copas, vitórias sobre Argentina, Romênia, Colômbia, derrotas para União Soviética e Inglaterra. Em 94, lanterna do grupo brasileiro, empate com a Suécia e derrotas amargas para Brasil e Rússia. Quatro anos mais tarde, mais uma vez como lanterna, empate com Áustria e Chile, derrota para a Itália. Na Copa da Ásia, quase classificação, empate com a Irlanda, vitória sobre a Arábia Saudita e derrota ante a Alemanha. Nesta Copa, 3 derrotas, para Japão, Dinamarca e Holanda. Quer mais. Maior série sem vitória entre as 32 seleções do Mundial, 9 jogos: 4 empates e 5 derrotas.
Paul Le Guen já praticamente se demitiu. É preciso um trabalho de reestruturação com outro treinador.
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Resultados do dia:
Itália 2 x 3 Eslováquia
Paraguai 0 x 0 Nova Zelândia
Holanda 2 x 1 Camarões
Japão 3 x 1 Dinamarca

COPA: Vittek é a esperança eslovaca. Já que Hamsik não brilha














Quem dava alguma coisa pela Eslováquia nas oitavas? Pois conseguiu a proeza. Provavelmente enfrentará a Holanda e, teoricamente, será eliminada. Robert Vittek, artilheiro da Copa ao lado de Higuaín, é a esperança da equipe, já que Marek Hamsik, destaque do Napoli, não rendeu como o esperado. Ele era o diferencial. Acabou virando um a mais. Bom também para Weiss, que não jogou hoje, mas voltará no mata-mata. E o grupo F, diparado, foi e não perderá o posto de mais imprevisível do Mundial.

COPA: Gazzetta dello Sport denomina campanha italiana vergonhosa















A Gazzetta dello Sport mostra com todas as letras nesta tarde de quinta: "A Casa con Vergogna". Ou seja, a volta italiana para casa após uma campanha vergonhosa, se referindo aos 2 empates e a derrota de agora pouco para a Eslováquia por 3 a 2. Entre os campeões, vexame maior só o da França. Mas, para alguns o da Itália foi de mais enormidade, por sua chegada ao Mundial com o rótulo de atual campeã, além do grupo fraco em que, por sorteio, caiu.
O diário italiano só cometeu uma gafe. Ter colocado, injustamente, em tamanho 12 x 16 cm a foto de Fabio Quagliarella agachado, se lamentando. Para mim, o atacante do Napoli entrou bem no segundo tempo, deu uma assistência e fez um golaço. A imagem estampada foi por falta de opção, já que todos os atletas da Azurra correram em direção ao vestiário, assim que Howard Webb apitou. Só ele, praticamente, permaneceu por tempo maior. Porém, cinco minutos depois, acredito que por próprias críticas relâmpago ao maior site esportivo do país, a foto mudou. No lugar, foi introduzida a figura de Cannavaro, aos 30 do segundo tempo lamentando por chance desperdiçada, alternando com a imagem de Iaquinta tristonho, também por chance perdida. Justiça feita.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

COPA: Africanos vão mal. Gana, como em 2006, se salva









Ao todo, em 16 jogos envolvendo seleções africanas, tivemos apenas 2 vitórias: Gana 1 x 0 Sérvia, sendo ela sofrível, além de África do Sul 2 x 1 França. Número que não demonstra o que se esperava por uma Copa realizada na África. Mas que demonstra a pouca escolaridade de técnicos do continente, sendo diretamente proporcional ao futebol das 6 seleções que se apresentaram. Muita velocidade, sem muita objetividade e técnica. Só Gana, responsável por 1 empate e 1 vitória nessa seleta matemática africana, se salvou, conseguindo a classificação às oitavas para enrentar os Estados Unidos, de Donovan. Como já mencionei, outro conceito que a África deve rever é conseguir ter uma escola de técnicos. Lars Lagerback, da Nigéria, Sven-Goran Eriksson, da Costa do Marfim, Paul Le Guen, de Camarões, Parreira, da África do Sul e Milovan Rajevac, de Gana, são os treinadores estrangeiros. Só a Argélia, que tem Rabah Saadane, possui técnico proveniente de solo africano. Os 5 primeiros citados ficam pouco, logo já estão arrumando suas malas. É preciso tempo para trabalhar, conhecimento para estudar e não simplesmente uma federação contratar um alguém, em cima da hora, para penar, ter sorte, para avançar. Do jeito que vai, será assim até a carapuça servir. E outra, não vejo Gana ir muito mais além do que se aguarda.

Resultados da tarde:
Alemanha 1 x o Gana
Sérvia 1 x 2 Austrália

COPA: A Eslovênia lembra a Croácia de 2006














A Eslovênia, em 2002, participou da Copa da Ásia pifiamente. Em sua volta, 8 anos depois, a postura foi outra. Jogo mais dinâmico, aprofundado. Mas parou dramaticamente na primeira fase, hoje, em derrota para a Inglaterra. Mas não foi isso que lhe custou a eliminação. Foi um gol nos acréscimos dos EUA ante a Argélia. Azar.
Em 2006, no grupo do Brasil, aconteceu coisa parecida. O jogo Croácia x Austrália definiria o segundo classificado, para enfrentar a Itália nas oitavas. Um empate dava a classificação aos australianos, para os croatas era vencer ou morrer. Deu empate, mas os croatas foram melhores em campo e quase, nos minutos finais, marcaram um gol com Kovac. Azar. Pelas circunstâncias, modo de jogar e drama há semelhanças.

Resultados da semana:
Paraguai 2 x 0 Eslováquia
Itália 1 x 1 Nova Zelândia
Brasil 3 x 1 Costa do Marfim
Portugal 7 x 0 Coreia do Norte
Chile 1 x 0 Suíça
Espanha 2 x 0 Honduras
África do Sul 2 x 1 França
Uruguai 1 x 0 México
Coreia do Sul 2 x 2 Nigéria
Argentina 2 x 0 Grécia
Eslovênia 0 x 1 Inglaterra
EUA 1 x 0 Argélia

domingo, 20 de junho de 2010

COPA: A Itália pode se classificar com 3 empates, como em 82














Com um empate com a Eslováquia e o Paraguai vencendo a Nova Zelândia, a Itália conseguirá pela segunda vez ir à segunda fase da Copa sem ter vencido na primeira. Em 1982, na Espanha, os italianos foram campeões assim. Um 0 x 0 na estreia contra a Polônia, um 1 x 1 ante o Peru, além de mais um 1 x 1, desta vez em um duelo com Camarões, todos na cidade de Vigo, fizeram com que a Itália conseguisse passar para a segunda fase, e consequentemente levantar a taça. Na África, o feito pode ocorrer novamente. Mas, convenhamos, a Itália está horrííível!

COPA: A Eslováquia foi Weiss e mais dez














O Paraguai não teve que se preocupar, mesmo jogando com três atacantes, com a Eslováquia, seleção que eu esperava mais. O filho do técnico Vladimir Weiss, o meia-atacante Weiss, de 21 anos, foi quem mais se destacou. Tentava, buscava espaços, mas mesmo que conseguisse não aparecia ninguém para apoiar. Hamsik, do Napoli, ficou muito escondido. Seu negócio é jogar com gente que jogue. Não jogar com quem espere que ele faça alguma coisa, uma jogada de efeito. De coletividade o atleta precisa. A zaga, apesar do raçudo Skrtel, do Liverpool, foi uma baba para os paraguaios penetrarem.
Então o eslovacos pisaram na bola.