sábado, 31 de julho de 2010

Depois de 34 anos, Copa Roca está de volta




Jogadores brasileiros e argentinos perfilados em um jogo da Copa Roca, em 1940





Em acordo selado pela CBF e pela AFA, a Copa Roca, disputada entre 1914 e 1976, cuja taça era inicialmente oferecida pelo presidente argentino General Julio Roca, irá voltar a ser disputada pela seleção brasileira, que tem 8 títulos, e argentina, que tem 4, em jogos de ida e volta, em 2011. A iniciativa de ressuscitar o torneio tem grande origem proveniente dos cartolas da CBF, para a seleção brasileira ter dois testes a mais direcionados à tentativa de formar um time decente nestes 4 anos, antecedendo a Copa de 2014, já que o Brasil não terá as Eliminatórias.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

É hora da França pensar mais no futuro do que no passado
















Quando a França foi campeã do mundo em 1998, esperava-se que houvesse crescimento no futebol do país em todos os sentidos. Não foi o que se viu. Na Copa de 2002 fracasso total. Em 2006 chegou até a final, mas não fez o que um vice-campeão mundial deveria fazer. Em 2010, o que vimos foi a verdadeira demonstração de que a França tem mais problemas, tanto externos quanto internos, do que se imaginava. Não era para que isso acontecesse. Por exemplo, é raro ver promessas francesas em grandes clubes da Europa, e da própria França. Só conheço Nasri, do Arsenal, clube que aposta na jovialidade. Aí está o erro. A melhor forma da França crescer novamente é investir e abusar nas bases, valorizá-las e dar chances para os jovens. Laurent Blanc, novo técnico dos Bleus, tem princípios assim. No seu Bordeaux quadri-finalista da útima Champions League, haviam nomes como Chamakh, Gourcuff, Cavenaghi, Gouffran, Sértic, Jurietti, atletas de no máximo 25 anos.

Não deve ser só de Zidane, Platini e Henry que a França vive, viveu.

É preciso fazer o que o Brasil fez, renovação geral. Para amistosos, Blanc já afirmou que não vai convocar nenhum dos que participaram da Copa e que vai privilegiar mais o sub-20, sub-19, sub-17.
Sempre há tempo de começar tudo de novo.

Mudanças e permanências na comissão técnica da seleção









A comissão técnica de uma seleção tem méritos nas vitórias e culpa nas derrotas. É fato.
Mano Menezes, dos que foram à África, só pediu a reintegração do médico José Luiz Runco, médico do Flamengo e ex-ortopedista particular de Ricardo Teixeira, que teve um dedinho de colaboração para re-promover Runco, integrante da comissão técnica da seleção desde 1998. Teixeira também contratou o diretor de futebol do Atlético-MG, Eduardo Maluf, para ser diretor técnico e auxiliar de Mano na construção de um time para a Olimpíada e para a própria Copa. Tem gente que não está botando fé.

Para prepador de goleiros, um velho conhecido de Mano Menezes, Francisco Cersósimo, do Grêmio, com quem o técnico da seleção trabalhou entre 2005 e 2007. Houve também convite para Carlinhos Neves, que já aceitou dividir o São Paulo com a seleção na função de preparador físico. Carlinhos é amigo de Mano Menezes, mesmo sem nunca terem trabalhado juntos. Outro que terá essa função e também, a pedido de Mano, foi trazido é Fábio Mahseredjian, do Internacional, competente e que aparentemente tem perfil, caráter e personalidade parecidos com o de Mano. Aparece como bom nome. E não poderia faltar o amicíssimo do treinador, o auxiliar-técnico, o novo Jorginho, Sidnei Lobo, parceiro de Mano em seus três anos de Corinthians.

É preciso um trabalho bem feito e competência para que seja bem feito. Não dá para se cometer o mesmo erro da Copa da África, onde já se deduzia que coisa boa seria difícil sair.
E você, é favor ou contra da escolha dos novos integrantes da comissão técnica da seleção?

Manchester City só viria a ganhar com Landon Donovan













O astro norte-americano Landon Donovan é interesse do Manchester City para a próxima temporada. O atacante inclusive já deixou claro que tem o interesse de retornar à Premier League -- já jogou por empréstimo no Everton. Desejo por desejo, o negócio pode ficar interessante ao Manchester City. Mas há o LA Galaxy, clube pelo qual Donovan tem contrato até 2013, e o comissário da Major League Soccer, Don Garber, que ressaltou a importância de Donovan nos EUA, mas que colocou com superioridade a decisão e a vontade do meia.

O City está disposto mais uma temporada a ter um elenco monstruoso, mas não chegar a lugar nenhum. Khaldoon Al Mubarak, a autoridade dos Emirados Árabes que comanda o clube, deve conseguir pagar os estipulados 10 milhões de euros para ter Donovan no elenco, o que seria um grande investimento para ajudar a acabar com o marasmo na criação do meio da equipe.
Lembrando, o City já contratou Yaya Touré e Boateng e terá de volta Robinho.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Vitória tem um grande desafio para reverter seu prejuízo










Na temporada, o Santos só perdeu duas vezes por dois gols diferença, nas 9 derrotas que teve. Número que o Vitória, para ser campeão, precisa aumentar. O desafio vale o título para os baianos, que no ano já venceram 12 vezes por dois gols ou mais de diferença. Mas é válido lembrar que dessas 12, quase todas foram diante de adversários de pequena expressão, exceto apenas os 2 x 0 sobre o Bahia, no Campeonato Baiano, além de dois 5 x 0 na Copa do Brasil, sobre Náutico e Atlético-GO. É bom ressaltar também que na final do Paulistão, muita gente, levando em consideração o primeiro jogo, já apontava o Santos como campeão. E quase que o Santo André, precisando fazer diferença de 2 gols, levou a taça.

Abaixo os placares das vitórias do Vitória e as derrotas do Santos por 2 gols ou mais de diferença:

Vitórias do Vitória por 2 gols ou mais de diferença:
Vitória 2 x 0 Bahia
Ipitanga 1 x 4 Vitória
Feirense 0 x 3 Vitória
Vitória 3 x 1 Fluminense de Feira
Vitória 4 x 0 Ipitanga
Camaçari 1 x 3 Vitória
Vitória 4 x 0 Atlético de Alagoinhas
Vitória da Conquista 0 x 3 Vitória
Vitória 3 x 1 Bahia de Feira
Vitória 4 x 0 Corinthians-AL
Vitória 5 x 0 Náutico
Vitória 5 x 0 Atlético-GO

Derrotas do Santos por 2 gols ou mais de diferença:
Atlético-PR 2 x 0 Santos
Corinthians 4 x 2 Santos

Neymar podia ser isoladamente o terceiro maior artilheiro da Copa do Brasil













É indiscutível que vencer por 2 x 0 em um jogo de ida de final de Copa do Brasil é interessante, mas se formos contar as chances claras de gol perdidas, acaberemos com a concluão de que o Santos já poderia sair campeão ontem e o Vitória o pior dos vices da história do torneio.

O pênalti com cavadinha de Neymar feito quando o Santos não conseguia aplicar o último toque, em direção às redes, foi uma irresponsabilidade tamanha que poderia pesar na volta, mas Marquinhos salvou a pátria. Neymar este ano já havia cobrado uma penalidade assim, foi no começo de julho, em amistoso contra a Ferroviária, na Fonte Luminosa, 3 x 0. Demonstrou que não sabe bater pênalti, ou é paradinha, que inclusive já está proibida, ou é cavadinha.

Neymar fez graça na hora errada e se distanciou de sua hipotética meta de se igualar ao maior artilheiro da Copa do Brasil, Fred, em 2005, pelo Cruzeiro, marcou 14. O atacante santista fez um ontem, que serviu para ultrapassar Oséas, artilheiro em 2000 com 11 gols pelo Cruzeiro, e se igualar a Washington, pela Ponte Preta, em 2001, com 11 gols. Se marcasse dois ontem, iria à Salavador a um gol de Deivid, do Corinthians, melhor marcador de 2002, com 13, e a dois de Fred. Mas hoje, Neymar, de 18 anos, é o mais jovem a ser artilheiro, o terceiro maior artilheiro da história da Copa do Brasil, só que ao lado de Washington.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Suárez começa temporada a todo vapor, mas Ajax corre risco














Hoje se deu início aos jogos de ida da terceira preliminar direcionada aos play-offs da Uefa Champions League 2010/11. No jogo destaque, o Ajax vacilou em casa e empatou em 1 a 1 com o PAOK, atual campeão da Copa da Grécia. No jogo, o mito uruguaio, digamos assim, Luis Suárez, marcou seu centésimo gol com a camisa da equipe holandesa. Mas seu sonho de disputar uma Champions League pode virar trauma. No segundo jogo, em Tessaloniki, na Grécia, é preciso que o Ajax vença ou empate marcando dois gols ou mais -- o 1 x 1 leva aos pênaltis.

O post coloca holofotes no atacante uruguaio, artilheiro da última Eredivisie, com 35 gols, que já balançou às redes em seu primeiro jogo depois da Copa e que pode balançar ainda mais se o Ajax conseguir ganhar uma entre 10 vagas dos clubes que tem como objetivo ir à fase de grupos da Liga.

Outros jogos:
The New Saints(País de Gales) 1 x 3 Anderlecht(Bélgica)
Aktobe(Casaquistão) 1 x 0 Hapoel Tel-Aviv(Grécia)
Omonia(Chipre) 1 x 1 Red Bull Salzburg(Áustria)
Litex Lovech(Bulgária) 1 x 1 Zilina(Eslováquia)
Dinamo Kyiv(Ucrânia) 3 x 0 Gent(Bélgica)
Unirea Urziceni(Romênia) 0 x 0 Zenit(Rússia)
Sparta Prague(República Tcheca) 1 x 0 Lech Poznan(Polônia)
BATE Borisov(Bielorrússia) 0 x 0 Copenhagen(Dinamarca)
Sheriff(Moldávia) 1 x 1 Dinamo de Zagreb(Croácia)
AIK(Suécia) 0 x 1 Rosenborg(Noruega)
Partizan(Sérvia) 2 x 0 HJK Helsinki(Finlândia)
Debrecen(Hungria) 0 x 2 Basel(Suíça)
Braga(Portugal) 3 x 0 Celtic(Escócia)
Young Boys Bern(Suíça) 2 x 2 Fenerbahce(Turquia)

Vitória é o melhor nordestino e Santos o pior dos grandes do Sudeste na história da Copa do Brasil









O ranking da história da Copa do Brasil leva o mesmo critério do Brasileirão, pontos corridos, com vitória valendo 3 pontos e empate valendo 1.

Analisando-o, percebe-se que o Vitória é o melhor nordestino da história, acumula incríveis 158 pontos, está em décimo, atrás de Palmeiras(165), Internacional(173), Cruzeiro(175), Fluminense(182), Atlético-MG(192), Corinthians(214), Vasco(221), Grêmio(234) e do líder Flamengo(251).
Se percebe também que dos 10 maiores clubes do Sudeste do Brasil, o Santos é o pior deles. Fica na vigésima colocação, atrás dos time já citados acima, além de Criciúma(96), Náutico(104), Remo(106), Coritiba(109), Sport(129), Bahia(130), São Paulo(134), Botafogo(138) e Goiás(140).

O Santos deve deixar a presunção de lado por mais um motivo: o bom aproveitamento do Vitória na Copa do Brasil.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Repatriação é a palavra mais fluente do Campeonato Brasileiro















Fiz uma lista, que segue abaixo, de 10 atletas brasileiros que foram há algum tempo à Europa com rótulo de promissores, e que no fim não ganharam tanto sucesso assim, além de outros, que por razões de idade, retornaram, retornam, ou devem retornar este ano ao Campeonato Brasileiro:

Daniel Carvalho: Fundamental nas conquistas nacionais do CSKA, em 2005 e 2006, e da Copa da Uefa de 2005. Voltou ao Brasil, para o Atlético Mineiro.

Gilberto Silva: Carreira blindada na seleção brasileira, especialmente na era Dunga. Fez sucesso no Arsenal na temporada 2003/04, a do título nacional dos Gunners. Em uma troca com Kléberson junto ao Panathinaikos, voltou ao Flamengo.

Belletti: Em algumas ocasiões foi reserva de Carlo Ancelotti na última temporada que gerou ao Chelsea a conquista da Premier League e da FA Cup, mas seu auge ocorreu há 5 temporadas, quando marcou o gol do título do Barcelona na final da Uefa Champions League 2005/06. Retornou ao Brasil, para o Fluminense.

Deco: Marcou história na seleção de Portugal, com 75 partidas, foi campeão de duas Uefa Champions League, pelo Porto, em 2002/03 e pelo Barcelona, em 2005/06, assim como Belletti. Na última temporada, foi vitorioso com o Chelsea, ao lado outra vez de Belletti. O Fluminense o sonda, até pelo mau momento na Europa, escancarando o fato de não ser mais disputado.

Gilberto: Teve passagens pela seleção brasileira, inclusive até gol fez na fracassada campanha do Brasil na Copa de 2006. Aqui, ganhou um título ali, outro aqui, mas na Europa não conseguiu nada. No início do ano voltou ao Cruzeiro.

Ricardo Oliveira: Foi artilheiro da Libertadores de 2003, pelo São Paulo. Fez modesta fama na seleção brasileira, esteve presente na campanha vitoriosa do Milan na Champions de 2006/07 e no começo da carreira ainda venceu uma Copa da Uefa junto ao Valencia. Nesta temporada amargou no Al Jazira e voltou ao São Paulo.

Rafael Sóbis: Monstruoso na conquista da Libertadores de 2006 pelo Inter. De expressão, foi só o que Sóbis conseguiu em sua carreira, pois no Bétis e no Al Jazira não teve cacife para levar nenhum caneco. Voltou ao Inter.

Keirrisson: Pelo Coritiba, foi artilheiro do Brasileirão de 2008, foi ao Palmeiras querendo fazer valer sua habilidade em um clube grande. Não fez tanto assim, mas foi ao Barcelona ainda com esta ideia. Só não esperava que seria emprestado ao Benfica e depois à Fiorentina. Com sucesso nulo na Europa, volta ao Brasil, ao Santos.

Roberto Carlos: Assim como Gilberto, voltou ao Brasil no início do ano, ao Corinthians, pelo martírio que vivia. Não era mais aquele velho Roberto Carlos, agora é o Roberto Carlos velho.

Robinho: Fez muito pelo Santos no começo da década, foi ao Real Madrid e Manchester City, time pelo qual o atleta foi emprestado à Vila neste ano. Seu empréstimo acaba semana que vem e não o vejo mais com o sonho de provar algo na Europa.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mano praticamente dizima os que foram à Copa. É a reconstrução











A lista de Mano Menezes é a verdadeira construção de uma reformulação no elenco da seleção brasileira. E, ao contrário do que muitos pensavam, foram convocados atletas daqui e de fora do Brasil. Os daqui: Jéfferson, do Botafogo; Renan, do Avaí; Victor, do Grêmio; Réver e Diego Tardelli, do Atlético-MG; Jucilei, do Corinthians; Sandro, do Inter; Ganso, Neymar, Robinho e André, do Santos e Hernanes, do São Paulo. Os de fora: Rafael, do Manchester United; Daniel Alves, do Barcelona; Henrique, do Racing Santander; Thiago Silva e Alexandre Pato, do Milan; David Luíz e Ramires, do Benfica; Marcelo, do Real Madrid; André Santos; do Fenerbahce; Éderson, do Lyon; Lucas, do Liverpool e Carlos Eduardo, do Hoffenhein.

As maiores surpresas, ao meu ver, foram o goleiro Renan, do Avaí e Jucilei, do Corinthians, convocações que nem nós nem eles esperavam. O resto é fruto da mídia e da importância em seus times, alguns que nem todos conhecem e acompanham, por serem jovens, atuarem na Europa e não terem sido convocados na era Dunga, casos de David Luiz, de Rafael e de Éderson.
Mas o conjunto dá a noção de que há bons jogadores e que se pode ser criada uma seleção competitiva, mesmo sem Júlio César, Juan, Maicon, Lúcio, Elano, Luís Fabiano e Gilberto Silva. Os únicos que foram à Copa e que estão na lista de Mano são Robinho, Thiago Silva, Daniel Alves e Ramires.
Uma renovação geral.