
O renascimento do Tottenham no cenário europeu impressiona. Os londrinos, que não disputavam a Champions League a quase meio século, fizeram parecer que a disputam toda temporada.
A proximidade da classificação fica evidente quando Werder Bremen e Twente não conseguem parar de vacilar. Teoricamente, seu grupo era um dos mais complicados, mas com auxílio da Inter, para tirar pontos dos alemães e holandeses, tudo fica mais fácil.
O Tottenham, pela regularidade, virá a se classificar e será um enorme obstásculo do qual os gigantes, Real, Barça, Bayern, Chelsea, Manchester United, Arsenal, terão que suar para passar. Lembrando sempre que a Inter, se classificar-se, além de Arsenal, Manchester e Chelsea, estes por serem ingleses, por entrave do regulamento, não poderão enfrentar logo nas oitavas os Spurs.
Não será surpresa se o Tottenham vier a eliminar um gigante da Europa. Não será mesmo. Seu plantel o deixa num nível superior a de outros times da classe intermediária entre os clubes europeus. Gareth Bale é a grande sensação desta equipe. Como joga o meia-atacante canhoto! O técnico Harry Hedknaap contraria a moda de colocar o ponta-esquerda pela direita, arrumando para o meio a fim de bater ao gol, função, por exemplo, de Arjen Robben. Bale joga do lado da perna que acostomou-se a usar, sempre puxando contra-ataques e usando de seu principal artifício, o chute forte. Bale, por isso, é diferenciado e tem uma carreira toda pela frente. O Tottenham também é diferenciado. Seus jogadores, Defoe ou Crouch na referência, Aaron Lennon eficientemente rápido pelo setor direito, Sandro, ex-Inter, como um volante que sai para o jogo, outro, Palacios, que se foca na marcação, quase foi parar no Barcelona, são atletas de ponta, de nível invejado. Mesmo assim, o Tottenham não figura no grupo dos gigantes. Talvez esteja aí um clube emergente.