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Mas a temporada espanhola, que já passa de sua metade, vê em alguns times um lado positivo, contrastante com a crise descrita. O Athletic Bilbao é um deles. Tradicional, os bascos só aceitam, como se sabe, jogadores ou descendentes da região. A manutenção da base é a filosofia. E historicamente é algo que dá certo.
Com Marcelo Bielsa no comando desde o meio do ano passado, Los Leones fazem uma de suas melhoras temporadas, por enquanto, em relação aos últimos anos, em que esse método não deu tão certo assim. Há 2 dias, a vitória por 6 x 2 na semifinal contra o surpreendente Mirandés proporcionou ao Athletic a oportunidade de decidir a Copa do Rei contra o Barcelona, diante de quem foi derrotado há 3 anos nessa mesma fase. A revanche fica até de certa forma possível, pois é prudente que se haja vista ao fato do bom atacante Fernando Llorente e atletas como Agartnexte, De Marco e Muniaín estarem passando por momentos de se invejar, além de que a partida será realizada em campo neutro. É bacana, inclusive, que Bielsa já consiga esse ar de graças logo em sua chegada ao clube, depois de ter reestruturado a seleção chilena, devolvendo-a a uma Copa do Mundo.
Caso o título não venha, o prêmio a que o Athletic está bem sujeito a receber é uma vaga à UEFA Champions League, de onde passa longe já faz algum tempo. Os concorrentes a quarta vaga que dá esse direito são Levante, sensação no começo do torneio, Espanyol, Málaga, Sevilla e aquele que mais assusta e ameaça no momento: o Atlético de Madrid. Os colchoneros tiveram um início conturbado, até que a troca do comando técnico de Gregorio Manzano para Diego Simeone transformou o time em um máquina defensiva, pois não toma gols há 4 partidas, proeza que não se realizava desde a década retrasada.
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As brigas em duas frentes, ou seja, em dois certames diferentes, serão duras e sofríveis, mas o Bilbao mostrará suas forças, especialmente dentro de San Mamés, para se dar bem em pelo menos uma delas.
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