quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Grandes Jogos da Seleção - 1978

Postado por mr.LOL pai

A Copa de 78 não nos traz lembranças alegres. O país ainda vivia complicados momentos frente a uma decadente ditadura militar, chefiada por um impopular presidente Geisel e seus governadores "biônicos". Mesmo assim, nosso futebol ainda empolgava, com excelentes jogadores e condições de trazer um grande resultado... Entretanto, o amadorismo da CBD na época, a excessiva influência da imprensa esportiva carioca, atuações aquém da capacidade de alguns jogadores chave como Rivellino (do Flu-RJ), Reinaldo (do Atlético-MG) e Zico (Fla-RJ), mas principalmente as indefinições táticas na cabeça do treinador Cláudio Coutinho fizeram com que o título não chegasse. Além disso, muitos astros do futebol da época (como o holandês Cruijff ou o alemão Beckenbauer) deixaram de comparecer ao evento, sob protesto contra a ditadura argentina (que conseguia ser pior que a brasileira, em termos de repressão), esvaziando-o e o deixando com um nível técnico muito aquém da Copa anterior.

A Campanha

Coutinho deixou de fora da lista final alguns dos melhores jogadores da época, como o apoiador Falcão (do Inter-RS), por exemplo - preterido em favor dos esforçados Chicão (do São Paulo) e Batista (também do Inter-RS). Na escalação, cometeu "invencionices" como a escalação do lateral Toninho (do Fla-RJ) como ponta-direita ou a do zagueiro Edinho (do Flu-RJ) como lateral-esquerdo (e nem canhoto ele era!). De qualquer maneira, a defesa foi o ponto forte, visto que o time sofreu apenas 3 gols em 7 jogos - atuando com Leão, Nelinho, Oscar, Amaral e Edinho (R.Neto).

A primeira fase foi burocrática, com classificação garantida num jogo medíocre contra a Áustria. Na segunda fase, tivemos a chance de eliminar a Argentina, num jogo nervoso em Rosario - mas o famoso empate (0x0) deixou a Argentina com a possibilidade de golear o Peru (no jogo da vergonha) para ir à final - e foi o que ela fez. Restou-nos o anti-clímax da decisão de 3o.lugar contra a Itália (que sofreu dois gols "espíritas" da Holanda, no jogo que a eliminou da final).

A decisão do 3o.lugar
40 anos depois, o Brasil voltou a conquistar o 3o.lugar em uma Copa, num jogo que marcou a despedida de Rivellino da Seleção (onde jogou 121 partidas). Saímos perdendo da Itália, gol de Causio em cruzamento de Paolo Rossi. Mas conseguimos a virada, com gols antológicos de Nelinho e Dirceu, que foi considerado nosso melhor jogador na Copa. Mas a sensação de que poderíamos ter feito mais e a vergonhosa atuação do Peru na semifinal contra a Argentina deixaram um gosto amargo na boca dos brasileiros.

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