
Você sabe muito bem que há 3 anos o Manchester City foi comprado pelo sheik bilionário dos Emirados Árabes Unidos, Khaldoon Al Mubarak. Deve saber também que foram investidos até a úlima janela de janeiro quase 180 milhões de libras em contratações. Um absurdo, ainda mais levando em conta o estilo vitorioso do Barcelona, que produz craques em casa, mas fazer o quê? Pois só hoje todo esse investimento fez sentido e deu resultado. Após vitória por 1 x 0 sobre o Tottenham, o City voltará na próxima temporada a disputar a UEFA Champions League, a qual não sabe o que é jogar desde a temporada 1968/69, quando apenas realizou duas partidas e somou um empate e uma derrota com o Fenerbahce.
Traduzindo: os Citizens voltam à Champions depois de 43 anos, mas à Champions de verdade, dessa que estamos acostumados de ver, acompanhar, torcer e se emocionar, com 32 equipes, 8 grupos e depois só mata-mata
Está claro que com o elenco que tem, o título deveria ser o grande alvo da equipe, mas como primeiro passo os aplusos devem ser dados, ao passo que ainda há muitas deficiências a serem diagnosticadas e, então, corrigidas. Primeiramente, o Manchester City não tem peso de camisa como tem seu rival United, por exemplo, acostumado a decisões Inglaterra afora. Em segundo lugar, acredito que contratar outro técnico é indispensável. Nada contra Roberto Mancini, mas o cara às vezes não faz o óbvio, inventa quando não é para inventar e costuma formar retrancas de primeira categoria quando o resultado lhe favorece. Falta-lhe ambição e especialmente pedigree internacional. O terceiro é saber qual é realmente o time-base da equipe, pois hoje nem o próprio torcedor sabe. Variações no ataque e na defesa, até pelo monstruoso leque de opções, não fazem tão bem e mexer demais pode causar danos. Em quarto, os desentimentos internos alarmam. Mario Balotelli é rei se tratando de confusões e Tevez, o nome do time, também tem momentos em que estrapola.
A princípio, o Manchester City alcança seu objetivo. E se tiver cabeça no lugar e não acontecer algo muito além do normal, tem tudo para endurecer a vida de times como Real Madrid, Milan, Internazionale e Barcelona.
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