
A Venezuela passa longe de ser grande, é uma equipe de batalha. A definição é do técnico César Farías, relacionando sua equipe a garra, vontade, que faz de uma partida uma guerra, no bom sentido obviamente, ao se referir aos bons resultados obtidos por ela nessa Copa América.
O 0 x 0 com o Brasil, 0 1 x 0 contra o Equador, o fantástico 3 x 3 com o Paraguai e a invencibilidade momentânea, demonstraram que a seleção venezuelana não é mais aquela de tempos atrás, uma seleção tosca, que não tirava pontos de quase ninguém e que à medida que o tempo passou se tornou a única sul-americana a nunca participar de uma Copa do Mundo. Fato.
Emerson, ex-meio-campista do Brasil, do Milan, foi preciso em entrevista ao Arena SporTV, ontem: "Em 2001, dei graças a Deus por nosso último adversário nas Eliminatórias ter sido a Venezuela. Hoje, não comemoraria tanto assim".
Não se trata de uma metamorfose do dia para a noite. A explicação para a Venezuela ter evoluído com o tempo vem da imprensa local, está ligada a mescla de experiência e juventude e ao fato de seus principais atletas atuarem na Europa, estando aprendendo muito por lá.
José Rondón, atacante, é do Málaga, Roberto Rosales, lateral, é do Twente, Nicolás Fédor, meia-atacante, é do Getafe, Yohandry Orozco, meia, é do Wolfsburg, Juan Arango, volante e capitão, é do Borussia Mönchengladbach. Enquanto isso, o experiente goleiro Renny Vega, do Caracas, é titular da seleção há 12 anos, tem 32 anos. É considerado o maestro que rege o time.
Outras decifrações a respeito do crescimento venezuelano vêm aparecendo.
Insinuam os portais on-line locais, como El Universal, El Globo, El Nacional, que esta é a e melhor equipe já formada para representar o país em uma competição oficial. Daí a monstruosa repercussão da imprensa de lá pela classificação da Vino Tinto às quartas da Copa América, onde irá enfrentar o Chile. Até Hugo Chávez vibrou. Coisa de Copa do Mundo.
A Venezuela não é mais mosca morta. E no futebol não há mais bobos.
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